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sábado, 30 de novembro de 2013

A UFSC e EU: tem o dedo da reitoria aí nesse patrulhamento ideológico

Antonio Pinho

Minha vida transformou-se, nesta semana, num roteiro digno de Kafka, como comentei em meu artigo anterior. Mas cometi um equívoco: a diferença entre K. e mim é, na verdade, grande. K. nunca soube o conteúdo de seu processo, e foi morto pelo Tribunal sem o saber. Por outro lado, sobre meu processo está tudo bem claro: agora sei qual seu conteúdo.

Ontem fui a Procuradoria da UFSC ter acesso a íntegra de meu processo, o que é meu direito. Como comentou Constantino, o conteúdo da acusação inaugura uma nova modalidade do marxismo brasileiro: “além da doutrinação marxista nas faculdades, agora há uma modalidade nova, que é a perseguição ideológica aos que discordam. Não basta enfiar Marx goela abaixo dos alunos inocentes, pintar murais com a imagem do assassino Che Guevara e criar matérias inteiras só sobre o marxismo. É preciso intimidar e calar os que ousam pensar de forma independente.” Sim, é bem isso mesmo. Entramos numa nova fase de nossa cubanização, e sei do que falo, pois agora mesmo estou sofrendo isso na pele.

O Procurador-Chefe da UFSC errou feio a levar adiante essa denúncia. Ela é totalmente infundada e, o mais grave, anticonstitucional, pois vai contra o artigo 5 da Constituição – falei disso no artigo anterior. Não só o procurador-chefe errou feio. O gabinete da reitoria também. Há documentos assinados em meu processo pelo Chefe de gabinete da reitora, com carimbo e tudo mais. Ou seja, tenho a prova material que a reitora sabia sim de tudo o que se passou. Ela é do PSOL, e está claramente promovendo perseguição ideológica contra mim. Não bastou o tiro no pé que foi o convite do terrorista Cesare Battisti à UFSC, agora eles me vêm com essa. Lembrem de uma coisa: o nome do evento para o qual o Battisti foi convidado chamava-se “quem tem o direito ao dizer”. Se é para terrorista, esse “direito” está garantido, se é para que um ex-aluno (blogueiro independente) expresse o que pensa, esse direito não existe. É a velha lógica da esquerda stalinista: dois pesos duas medidas. Um terrorista assassino pode falar, eu que nunca matei uma galinha não posso. É ridículo! E olha que estou moderando aqui na adjetivação.

A reitoria deu um tiro no pé. Isso é evidente. Achou que estava se metendo com um covarde que age sorrateiramente como a esquerda sempre faz, nas sombras, fazendo suas burradas sempre que possível bem escondidinho.

Já disse isso, eu não fiz nada escondido. Essa notificação da UFSC chegou a mim, e assim que pude a digitalizei e postei na internet. Se não devo, logo não temo, portanto, não escondo. Quem se esconde são eles, pois a denúncia foi anônima, e mesmo totalmente descabida, foi levada adiante pela burocracia cubanizada da UFSC. Esse é só o primeiro capítulo de uma história muito surreal. Aguardem pelos próximos.

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